25 de ago. de 2011

O Torcedor

por Marco Nascimento


Comeeeça o jogo.

Lá vem ele, o torcedor, vestindo a camisa de seu time do coração, torcendo pelos onze jogadores que lutam por mais uma vitória. É na solidão de sua casa, sentado, em pé, pulando, falando, gritando, que ele empurra seu time. Torce e vibra com cada lance.

E é gooooool!!!

Logo aos 4 minutos do primeiro tempo um golaço de um craque dentro de campo, e na “arquibancada” de sua casa o torcedor vai a loucura. Enaltece o grande astro da bola por este grande feito, o faz de herói, grita, provoca o adversário, mesmo assistindo o jogo sozinho, e pela televisão.

A alegria da comemoração pôde ser realizada novamente, por mais duas vezes antes do fim do primeiro tempo. Porém como o futebol é uma caixinha de surpresa, tudo o que era festa tornou-se um pesadelo, o time adversário marca três vezes, e a primeira etapa termina empatada.

Apiiiita o juiz. Fim do primeiro tempo.

Com um sorriso no rosto, em um misto de alegria e preocupação, o torcedor vai para o “vestiário”. É hora de fazer pipoca, ir ao banheiro, ajeitar o uniforme e se preparar para o segundo tempo. É sentado em sua cadeira cativa, que o torcedor se prepara para mais emoções.

Apiiiita o juiz. Começa o segundo tempo.

Logo no início da segunda etapa aquele solitário torcedor pôde gritar gol novamente. Aos 5 minutos seu time marca e fica novamente na frente no placar. Feliz com o resultado parcial, o torcedor vibra, sofre, grita, e acredita na vitória de seu time.

Porém como um balde de água fria, o torcedor vê o time adversário empatar a partida, e faltando pouco para o fim, o mesmo time fazer mais um, virar no placar, e seu time do coração sair derrotado.

Ao apito final do juiz, o torcedor, de cabeça baixa, desliga a TV, xinga todos os jogadores, apaga a luz e vai dormir desolado, desejando acordar no outro dia e ver que aquilo não passou de um pesadelo. E o jogador que foi herói no início, passou a ser o vilão da jogada.

Como uma caixa de surpresa, o futebol é imprevisível, e o torcedor fundamental.

Abraços!

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