14 de dez. de 2012

Libertação



por Mariana Perez

Depois de tantas vezes que registrei aqui minhas emoções em todos os níveis, chegou o momento de finalizar um ciclo...

Está fazendo um ano daqui alguns meses... um ano do fim, ou talvez da minha libertação.

Lembro claramente do dia que nos conhecemos, quando ele chegou com aquela sacola de supermercado com cerveja dentro, e mesmo acompanhado, eu vi claramente nos olhos dele que naquele momento tinha sentindo algo por mim... é algo estranho, mas no fundo a gente sempre sabe... ô se sabe!

E depois daqueles dia, foram tanto encontros, e até algumas coisas deixadas no ar, do tipo, “você vai mesmo embora pra sua casa?”... e com aquela dúvida interna, acabava indo até que chegaria o dia de nos encontrarmos em um próximo churrasco, ou na casa da Ana, ou quem sabe se ele resolvesse pedir meu telefone.

Quando aconteceu foi tudo muito estranho, mas eu já estava altamente contaminada por aquela presença que na primeira semana optou por me encontrar “ocasionalmente”... 

No fundo eu me importei sim, mas resolvi dançar a mesma música que ele e fazer de conta que eu estava levando como mais um casinho sem importância... e a minha pobre inocência achava que eu teria esse controle.

Quando me dei conta já estava jantando na casa dele, lavando a louça e ele me chamando pra ir dormir e não se esquecer de ligar o vaporizador.

Eu me sentia tão leve, livre e feliz...

Viajamos na virada de ano, quando de repente ele me acordou no 1º de Janeiro beijando o meu cabelo... depois ele chegou no meu aniversário atrasado e eu percebi que era só ele que faltava pra tudo ficar perfeito.

Cantamos duas vezes parabéns no seu aniversário com bolos diferentes, um era o Trufado da Sensações Doces que ele adorava, viajamos no Carnaval onde dormimos na areia...e depois disso ele se foi, ou talvez até eu tenha o deixado por não suportar uma fase com ele como deveria.

Sei que ele talvez já nem se lembra mais de nada, ou do que tivemos, mas esse é o meu momento, e eu preciso mais do que qualquer coisa fechar essa gaveta de vez. Mesmo porque hoje existe uma outra pessoa que merece o meu respeito, e eu também por merecer uma 2º chance...

Nesse momento, eu sinto que o Adriano foi muito mais que um namorado de alguns meses... o primeiro depois de tanto tempo, que me fez acreditar que ainda se pode ser feliz...

25 de mai. de 2012

Eu tô...

por Mariana Perez Caio F. Abreu

...tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, tô despreocupado, com a vida eu tô de bem...

Um final de semana iluminado ♥

Ih, Falei!

23 de mai. de 2012

Carisma ela tem...

por Fabi Prado


...mas talento ainda está um pouco longe de ter.

Há alguns domingos atrás, no final da tarde, por falta dos canais da TV fechada em minha casa devido a uma pane do sinal, ficamos sem muitas opções televisivas e não nos restou outra coisa senão os canais abertos.

Acabamos assistindo o programa Sílvio Santos e eis que, para a nossa surpresa, uma moça apresentava o programa de nome “Roda a roda Jequiti” (antigo Roletrando).

Num primeiro momento não identificamos aquela moça, mas logo ao ver um pouco mais do programa soubemos quem era ela.

Alta, magra, cabelos longos e muito bem tratados, pele de pêssego, dentes perfeitos, sorriso fácil (igualzinho ao sorriso do pai), muita vontade de aprender (pelo menos transparece isso) e muita simpatia. Uma moça divertida, bonita, de voz forte, excelente disposição e carismática, isso era nítido.

Aquela moça era Patrícia Abravanel, a quarta filha do clã Sílvio Santos.

Ela reúne sim algumas qualidades idênticas as do pai, mas a capacidade de improvisação, a inteligência televisiva e o talento do pai dela ainda lhe faltam em altas doses.

Talvez com o tempo ela até desenvolva a sua inteligência televisiva, que é uma inteligência que exige perspicácia, sabedoria e raciocínio agilíssimo, coisas essas que, com a vinda da experiência, ela pode alcançar.

Talvez com o tempo ela também desenvolva a arte da improvisação. Novamente a tal da experiência, ela opera milagres e é capaz de fazê-la adquirir essa qualidade, sem dúvida.

O talento... Ah, esse acho bem difícil de alguém alcançar. Esse vem da alma, geralmente nasce com a pessoa. Talento não se aprende. Ou adquirimos a duras penas ou nascemos com ele. E o pai dela nasceu com ele. A estrela de Senor Abravanel é diferenciada. Mesmo quem não gosta dele, mesmo quem o acha brega, chato, piegas, mesmo os adversários, os concorrentes ou quem quer que seja, não podem negar. O cara é um poço de talento, vide pela sua história de vida lá nos primórdios e vide o que ele é hoje.

Ele se reinventa como ninguém, tem visão como poucos e transforma coisas e pessoas com uma facilidade quase sobrenatural. Ele junta carisma, talento, simpatia, inteligência e perspicácia e junta tudo na medida certa. É sem dúvida o maior comunicador da televisão brasileira de todos os tempos.

E a sua filha ainda é sofrível, principalmente se comparada ao pai e tal comparação é insuportavelmente impossível de não ser feita.

Se ele pensa em deixar a ela o seu legado televisivo, acho que ele decidiu isso tarde demais, visto que ele já está com 80 anos completos, e ela ainda está crua como uma picanha que acaba de ser posta na grelha sobre a churrasqueira. Ela ainda respinga ao frescor típico de todo início de carreira e para o que o pai espera dela, faltam vários e vários passos.

Ah não ser que “as colegas de trabalho” se façam de desentendidas e por fidelidade ao “patrão” façam vistas grossas á falta de preparo de sua filha, que também está transbordando boa vontade, fator esse que conta a seu favor, sem dúvida, e o que denota que ela pode não ter ainda todo o talento esperado ou imaginado, mas mostra-se cada vez mais ávida em chegar lá.

E a boa vontade, convenhamos, é uma qualidade e tanto em qualquer simples mortal. Na filha de um empresário do cacife de Sílvio Santos então, isso é um verdadeiro diamante a ser lapidado. E ninguém melhor que o pai dela prá lapidar talentos.

Amigos, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, se Deus quiser.

Ih, Falei!

18 de mai. de 2012

Demorou, mas ela chegou!

por Mariana Perez


Olhando de fora, a gente sempre acha que não irá sobreviver a uma situação da qual tem muito medo. E é exatamente por isso que a gente tem medo. Mas quando acontece, não resta outra opção senão sobreviver, o que, no fim das contas, nem é tão ruim. Quer dizer, no início é ruim porque você nem está muito interessado em sobrevivência ou qualquer coisa que o valha. Mas a vida insiste. Me lembro, como quem se lembra de um sonho confuso, do momento em que a vida me confrontou com a situação que eu tanto temia. A hora da perda é muito estranha. Parece que você está pisando sobre nada e que o céu também está interessado em cair na sua cabeça. Você cambaleia e se apoia nas coisas e nas pessoas, mas é como se tudo e todos fossem fantasmas transponíveis. Depois foram quatro ou cinco dias (não estava boa para contar, nessa fase) andando como um zumbi atrás das pessoas da minha casa, com medo de ficar só, porque, de repente, fui acometida pelo pânico de todo mundo ser um covarde que pudesse me deixar sozinha, sem mais nem menos. Mas ninguém aqui me deixou e, embora eu mereça às vezes, tenho a certeza de que não vão me deixar nunca. Eu não sei ao certo, mas acho que foi daí que começou a nascer à força. Eu a sentia chegar devagar, quando eu tinha uns rompantes de vontade de comer, de escrever, de me arrumar e outras coisas que me são tão naturais, mas que, naqueles dias, não eram. Eu até supus que ela continuaria a vir em doses homeopáticas e que, algum dia, eu voltaria a ser algo parecido com o que eu era antes de tudo. Mas não está na minha natureza física nem psicológica saber esperar. Eu não poderia esperar "algum dia" sem saber que dia seria esse. Então meu corpo, meus membros, meus órgãos, minhas células, meu consciente, meu inconsciente, minha memória, minha alma, meu coração, enfim, essa coisa toda que a gente chama de "eu" sofreu uma explosão. Uma explosão de força. Sabe como? Um dia eu acordei e parecia que eu era o Popeye e tinha comido todo o espinafre do mundo. Eu, que nunca consegui abrir nem garrafa de refrigerante, me peguei abrindo vidro de azeitona (acho melhor palmito!). Comendo, sorrindo, escrevendo, saindo, conhecendo gente, organizando festa e viagem, fazendo mil e um planos.

A força reduziu certos sentimentos a pó e me trouxe essa descoberta de que não havia sido deixada nenhuma lacuna na minha vida. Eu perdi alguma coisa? Perdi, talvez. Mas diz um hit brega dos anos 90 que "nem tudo o que se perde tem valor", e é bem por aí mesmo. Alguém pode pensar que isso é conversa de mulher recalcada. Tudo bem. Fiquem à vontade com seus pensamentos. O que os outros pensam de mim não sou eu e vocês já devem ter notado pela toada do texto que o que não sou eu não me interessa mais. Nada daquilo me interessa mais. Tanto não me interessa mais que agora eu consigo escrever sobre isso. Só agora. Embora tenha tentado durante todo esse mês que passou — sendo bem incapaz em todas as tentativas. Mas agora veio tudo. É sempre assim: depois da força, vem a lucidez. Vi todas as palavras escorrendo pelos meus dedos e pelas minhas unhas. Minhas unhas pintadas de vermelho, coisa que eu não fazia há tempos, desde que estava possuída por aquela personalidade boba e subserviente. Mas agora sou eu de novo. Eu forte. E com esmalte vermelho nas unhas dos dedos pelos quais escorrrem as palavras que, de uma vez por todas, colocam um fim nessa história de início previsível, meio angustiante e fim libertador.

Uma última pá de terra, por favor!

Um final de semana iluminado ♥

Ih, Falei!


16 de mai. de 2012

Homenagem para minha gordinha

por Fabi Prado

“Um cachorro não liga pra carrões, casas enormes ou roupas de marca. Um graveto está bom pra ele. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, esperto ou idiota, inteligente ou burro. Dê a ele o seu coração e ele lhe dará o dele. De quantas pessoas você pode dizer isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro, especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?”
(John Grogan, autor do best seller “Marley e eu”)


Minha gordinha, hoje faz exatamente um ano que você me deixou e me pergunto até hoje porque os cães não são eternos?

Até hoje a distância de você me machuca como machucou desde o momento que eu soube que você tinha ido embora e me deixado aqui sozinha, carente do seu amor, do seu carinho, da sua presença especial em minha vida.

Foi lá num janeiro distante (de 1994) que você nasceu. Lembro que quando eu soube que a sua mãe já tinha dado cria, fiquei louca. Eu queria muito uma vira-latinha bege e branca e eis que veio você, pra encher os meus dias de alegria, companheirismo e vida.

Você era rabugenta e desde filhote foi assim. Você se impunha como ninguém, sempre desconfiada, mas muito amorosa. Adorava um cantinho no tapete da sala de estar, adorava um cantinho no tapete dos quartos, adorava um cantinho embaixo da mesa da edícula... Você que se encaixava tão bem em qualquer canto da casa, você que nos fazia rir com suas caras, bocas e línguas, orelhas, jeitão desengonçado... Você era especial, desde o início eu sabia disso.

Ah, como eu sinto a sua falta. Não tem um só dia que eu não me lembre de você, não tem um só dia que a sua falta não me machuque, mas eu sei que foi melhor assim. Você já estava bem debilitada, bem doente e sofria bastante, eu tinha convicção que pra você, naquele momento, não havia o que ser feito. A morte era pra você, minha gordinha, a única solução porque infelizmente ainda não inventaram a eternidade nem para humanos e nem para caninos. E assim você se foi, mas você se foi livre, solta, você foi muito amada e respeitada e isso te fez livre pra deixar essa vida e partir para a eternidade em plenitude.

O que me consola um pouco é saber que Papai do Céu deixou você comigo 17 longos anos, anos de amizade, de carinho, de amor e de respeito. Anos que eu aprendi com você, um cão, coisas que ser humano nenhum na face da terra jamais seria capaz de ensinar.

Aprendi a valorizar uma verdadeira amizade, ainda que haja desentendimentos.

Aprendi a amar quem lhe trata bem e quem não lhe trata tão bem assim.

Aprendi que carinho se conquista com o tempo.

Aprendi que a vida é agora, o amor acontece agora.

Aprendi que cumplicidade e fidelidade não se compram, e nem se vende, se aprende.

Aprendi que você pode estar na pior, que o mundo inteiro pode lhe virar as costas, mas o seu cão, esse jamais o abandonará.

Tranquilamente afirmo que muito do que eu sou hoje aprendi com você, minha gordinha, você que foi minha companheira e minha amiga, minha cachorrinha linda, a mais linda, a mais chata e também a mais espetacular.

Jamais haverá no mundo outra Verona em minha vida. Jamais.

Ainda que eu venha a ter outro cão e terei, isso é certo, não será como você.

Você era única, incomparável, sublime.

Nenhum outro cão me olhará com seus olhos, me amará com a sua ternura e me fará companhia da forma majestosa que só você sabia ter.

Eu espero que eu tenha sido uma boa dona pra você. Espero de coração que você tenha tido orgulho de mim. O que eu pude fazer por você, eu fiz. Eu te amei, te respeitei, te dei carinho, te dei bronca quando foi preciso, te agradei na maior parte do tempo, te recolhi nas noites frias, te refresquei nas noites quentes, enchi você de comida gostosa, e no final, eu lutei pela sua vida até onde foi possível, mas a hora que não deu mais, dolorosamente eu deixei que você partisse porque a sua dor eu já não suportava e eu não queria mais vê-la sofrer, eu não tinha mais de onde tirar forças pra ver o seu calvário. E você não merecia mais aquele sofrimento, por isso te deixei partir.

Agradeço por tudo o que você fez por mim e agradeço a Deus por ter tido você ao meu lado tantos anos. Anos inesquecíveis e os mais lindos da minha vida até hoje.

Esteja com Deus minha gordinha e me espera ai porque um dia nós vamos nos encontrar e eu quero você linda como sempre, correndo ao meu encontro com o toquinho do rabo abanando como você fazia nos seus auros tempos de saúde impecável.

E ó Papai do Céu, cuida dela ai pra mim tá, enquanto eu ainda estiver por aqui.

Te amo pra sempre. Muita saudade...

De sua imperfeita dona Fabiane.

Amigos, entre lágrimas, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, se Deus quiser.

Ih, Falei!

15 de mai. de 2012

Simples, puro e verdadeiro!

por Marco Nascimento


A cada dia um pedaço de mim morre. Acaba. Some.
A cada dia um novo pedaço de mim nasce. Renova. Transforma.

Sou a mutação constante. A mudança. O novo.
Sou o amor. O sorriso. A alegria.

Sou homem, mulher, menino ou menina.
Sou forte, sou fraco. Doce ou azedo.

Sou assim, simples, puro e verdadeiro.
Sem máscaras, personagens ou preconceitos.

Ih, Falei!