por Jucemara Oliver
Às vezes bate aquela saudade da infância.
Saudade que a gente viaja nas lembranças com um sorriso melancólico nos lábios.
Sinto saudades das brincadeiras no meio da rua, pular corda, queimada e até mesmo jogar cinco Marias. De correr, cair e ficar com os joelhos ralados.
Saudade de implicar com os colegas da escola, de ver as novelas e imitar os personagens, de querer ser uma das Paquitas.
Sinto saudade da felicidade simples que outrora foi causadora de tristeza.
Às vezes a infância tem disso, possuímos tudo que precisamos para ser feliz, mas ainda não temos maturidade suficiente para perceber e aproveitar tudo. Hoje só resta aquela imensa saudade.
Basta que eu feche os olhos para sentir de novo o cheiro do mato molhado, o cheirinho da comida da vovó, da pipoca que a mamãe fazia na panela.
A infância tem gostos marcantes: Bala Juquinha, o lanche que levava na lancheira colorida, até mesmo o Ki-Suco.
Sinto saudade de esperar o Papai Noel chegar e de como descobri com alegria, não com tristeza, que eram meus pais que colocavam os presentes embaixo da cama. Que eram eles o coelhinho da páscoa.
Sinto saudade da minha única boneca tão desejada. Era de louça e ganhei da minha professora quando ainda fazia o pré. Crianças são cheias de sonhos e uma inocência que jamais voltará. Era tudo muito bom e não dávamos valor.
Hoje tudo ficou para trás e só o que restou foi essa saudade que às vezes aperta no peito.
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