4 de nov. de 2010

Saudades...

por Marco Nascimento


Hoje acordei sentindo saudades...

Não sei explicar o que sinto, afinal, estou em uma mistura de sensações, querendo chorar e sorrir, voltar e seguir em frente, gritar e calar. Sei lá, não dá para explicar. Até porque, a própria palavra, saudade, não tem definição.

Sinto saudade da mudança que ainda não aconteceu. Dos momentos de risadas que não saem da minha cabeça. Dos amigos que fiz. Dos segredos trocados. Dos rascunhos compartilhados. Dos almoços improvisados. Das coisas que aprendi.

Sinto saudade da minha infância. De como era bom acordar tarde, brincar na rua, me divertir. Saudade de “construir” cidades ao riscar o chão com giz. De brincar na chuva sem me preocupar em ficar gripado. De comer a sobremesa antes do jantar.

Saudade de sonhar com o futuro e fazer planos. De achar que a vida adulta era fácil. Que era preciso apenas estudar e trabalhar, assim ganharia muito dinheiro e poderia comprar minha casa, meu carro e fazer todas as viagens que gostaria.

Saudade de quando imaginava que casar era só ir à igreja com trajes de gala, dizer sim na frente do padre, receber os cumprimentos, festejar e depois ir para a lua de mel. Saudade de imaginar como seria meus filhos e qual nome daria a eles. Sim, eles. Imaginava no mínimo dois.

Também sinto saudade de você. Dos planos que fazíamos juntos. De como imaginávamos que estaríamos, juntos, depois de dez, vinte ou trinta anos. Das vezes que dizia em meu ouvido “eu te amo”. Essa saudade dói...

Sim, a saudade também pode ser dor. A dor do amor que se foi. Do amigo que não está mais ao nosso lado. De alguém que não está mais nesta vida. Mas, a dor acaba se transformando, pois, a saudade nos faz lembrar tudo daquilo que um dia nos fez feliz.

A saudade nos faz viajar ao passado, relembrar de pessoas, reviver momentos e ver o quão bom foi viver a vida e ter estes momentos inesquecíveis na memória.

No final, a saudade sempre nos trás um sorriso.


“A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar”
Rubem Alves


Abraço!

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