por Marco Nascimento
Há anos convivo diariamente com diversas pessoas. Dividimos um único ambiente e passamos horas e horas do dia juntos. Digo até que costumo ficar mais com eles do que com meus familiares. Tempo suficiente para conhecer a cada um e aprender que realmente somos todos diferentes, e que possamos nos surpreender sempre com o ser humano. O ser racional.
Quando comecei a conviver com estas pessoas, logo de cara não gostei de algumas. Não sei explicar o porquê, mas o pré conceito fez com que eu as olhasse diferente, e me levasse a ter um carisma mais rapidamente com outras.
Mas nada melhor que o convívio, para sabermos quem é quem na verdade.
Com o passar do tempo, com as mudanças de cargos, de humor, de idade, e até de caráter, algumas pessoas se mostraram “verdadeiramente” (?) quem são, e as minhas opiniões mudaram. Aprendi quem e como são as pessoas.
Ao mesmo tempo em que podia ver alguém fazendo o bem, que via alguém ajudando o outro sem nenhum interesse, sem querer nada em troca, somente em nome da amizade, via também que algumas pessoas faziam a mesma coisa, porém buscavam algo em troca no final. Algo que a favorecesse.
Ao mesmo tempo em que via alguém se destacando por seu ótimo trabalho e competência, via também outro destaque, porém este último, “passando por cima” de quem precisasse, para que assim pudesse chegar “ao poder”.
Aprendi que conviver com pessoas não é tão fácil assim. Que é impossível, sim, impossível, agradar a todos, ou a grande maioria. Que algumas pessoas são iludidas com o poder e acham que isso é melhor que a amizade, que a convivência. Que acha que só será ouvido se gritar. Que humilhar é a melhor maneira de ensinar e corrigir um erro.
Não convivi só com pessoas más, ou enganadas pelo poder, mas também, graças a Deus, pude conviver com pessoas que me mostraram o quão bom é a amizade, o quanto o ser humano pode ser sim “humano”. Pessoas que nos acrescentam algo na vida. Nos faz feliz.
Não há como viver neste mundo sem conviver com pessoas, só precisamos ter valores e saber que o respeito para com o outro não trás benefícios somente ao próximo, mas a nós mesmos. Precisamos lembrar que as pessoas nos tratarão, assim como nós as tratamos. E que quanto mais alto chegarmos, pisando em alguém, maior pode ser o tombo, e não teremos quem nos socorrer lá embaixo.
Abraço!
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