19 de abr. de 2011

Para sempre...

por Marco Nascimento


A luz vai se apagando e sua imagem sumindo em uma escuridão que não me permite mais te ver. A mim só resta à lembrança de um passado que se faz saudade no presente. Sinto-me um fraco por não poder fazer nada pra que você volte.

Neste momento vejo como fui um egoísta. Deveria ter dedicado mais tempo a você. Pensei só em mim, em minhas vontades, e acabei deixando você de lado. Hoje isso me traz a falta, a vontade de viver tudo o que deixei passar.

Em minha mente as imagens dos momentos que passamos juntos ficam nítidas. Lembro-me dos almoços de domingo, dos quais você se preocupava em caprichar e colocar a comida na mesa na hora certa, não deixando ninguém com fome. Não deixava faltar nem o refrigerante.

Dos natais que eram comemorados em sua casa, com a presença de todas as filhas e dos netos e netas, além dos genros e amigos. Neste mesmo dia era comemorado seu aniversário.

Lembro-me também de quando chegava a sua casa e lhe via se esforçando para aprender a ler e a escrever, mesmo com mais de 70 anos de idade. Seu caderno todo caprichado, ao lado de um livro, e a letra de quem estava se empenhando para unir as letras, e as transformar em palavras.

Hoje vejo que não aproveitei como deveria a oportunidade que Deus me deu em ter ao meu lado uma pessoa iluminada. Vejo o quanto deixei de aprender e conviver com alguém tão especial, que infelizmente está de partida. Sem poder voltar.

Já sinto sua falta, mas onde a senhora estiver, vovó, me lembrarei de você. Sempre...

Abraços!

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