por Marco Nascimento
Há alguns dias atrás, depois de muito minha mãe me xingar, resolvi tomar duas vacinas que estavam atrasadas. Uma desde 2007, ou seja, pouco atrasada (risos). A outra deste ano mesmo, mas que eu deveria ter tomado em maio.
Após sair de uma entrevista de emprego, decidi passar no posto de saúde e assim ficar em dia com a minha caderneta de vacinação. Ao chegar, nada de painel eletrônico, ou maquininha para apertar algum botão e assim sair a senha. De um modo “pré-histórico”, é no pequeno papelão plastificado, com um furo no canto, que está o número de chamada. O meu era o 10.
Rodeado por crianças que iriam passar pelo médico, os minutos foram passando, aquelas crianças ficando irritada e eu ali esperando, esperando, esperando e me irritando também. As crianças resmungavam, choravam, sentava no chão, batia o pé, demonstrando assim sua irritação, e eu não podia fazer nada disso. Também irritado com a demora, eu ficava apenas ali, sentado, esperando meu número ser chamado.
Depois de quase 40 minutos e nada de meu número ser anunciado, fui até a recepção perguntar se demoraria mais, pois a minha paciência já tinha ido embora, e era isso que eu também queria fazer, ir embora.
Depois de mais alguns minutos uma voz ardida diz “vacina 10”... era a minha vez.
Entrei na sala, minha caderneta foi atualizada e “primeiro o braço direito”. Senti a agulha entrando pela carne de trás do braço. “Agora será no músculo do braço esquerdo”. Esta doeu... e como doeu...
Depois de ter adiado por meses e meses a minha ida ao posto de saúde, finalmente agora estou em dia com minhas obrigações da saúde. Mas a partir deste dia, quando se falar em vacina, logo irei associá-la a 'Demora', pela loga espera no posto, e a 'Dor', que foi o que senti por dias e dias. Os meus dois dês da vacina.
O pior é voltar pra casa, após a demora, com dor, e já tendo outro encontro marcado com os dês da vacina. Mas ainda bem que é só daqui a 10 anos.
Abraços!
Ih, Falei!
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