27 de jul. de 2011

O “Clube dos 27”

por Fabi Prado


No último sábado infelizmente o Clube dos 27 ganhou mais um membro.

Lamentavelmente deixou-nos Amy Winehouse, a melhor cantora que eu já vi na vida.

E eu não acho que esteja exagerando não!!! Baixinha, marrenta, ultimamente magrinha devido ao uso excessivo de entorpecentes e álcool e a hora que abria a boca aquele vozeirão impecavelmente perfeito.

Nem alcoolizada ela desafinava. Fala sério!!! Ela caia no palco, ela não conseguia segurar o microfone, ela dava vexames homéricos, mas não desafinava. Eu achava aquilo impressionante.

Uma cantora singular e eu diria única. Jamais haverá outra que se quer chegue próximo da Amy. Falo isso com propriedade. Tenho 31 anos e jamais tinha visto uma cantora como ela.

Madonna, Maria Rita, Lady Gaga, Sandy, Dione Warwick, Ana Carolina, Gal Costa, Laura Pausini que me perdoem, mas a Amy era inigualável. Tanto é verdade que deixou esse mundo repentinamente, num script que já estava previsto devido aos abusos cometidos e a saúde cada dia mais debilitada que apresentava.

Ela não precisava fazer caras e bocas pra chamar atenção, não precisava fazer clipes apelativos pra mostrar quem era, ela não precisava mostrar um belo corpo com danças provocantes. Ela simplesmente cantava.

Uns dizem que faltou a ela maturidade; outros que a estrutura familiar, comprometida desde a infância, não ajudou ela a equilibrar-se no pedestal do sucesso; outros comentam que o ex-marido, assumidamente usuário das mais diversas drogas sintéticas, levou-a para esse caminho que quase sempre é sem volta.

Eu não acredito nessas profecias. Acredito que o tempo dela nesse mundo venceu. Acabou o prazo pra ela. Certas pessoas não são desse mundo e ela não era. Via-se claramente em seu olhar, em seu estilo, em seus repentes que ela era diferente, diferente das pessoas normais. Ela transcendia. Isso aqui pra ela era pouco. Ela queria mais. Ela era tudo, menos igual aos outros.

Ela era Amy Winehouse. A única. Incomparável e inconfundível.

O Clube dos 27 está agora ainda mais enriquecido e assim como fazem falta Brian Jones, Jim Morrison, Janis Joplin, Jimi Hendrix e Kurt Cobain, também nos fará uma falta imensa a espetacular Amy.

Um talento precocemente desperdiçado. A música sem Amy Winehouse jamais será a mesma.

Valeu Amy pelo tempo que você nos permitiu tê-la por perto e pelo estupendo legado que nos deixou.

Amigos, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, se Deus quiser.

2 comentários:

  1. Fabi,
    concordo do começo ao fim! Haverão algumas "réplicas", mas nunca mais uma filha de judeus com voz de negra!

    Mil bjs amiga ♥

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  2. Arrepiado!!! Foi assim que fiquei ao ler este belíssimo e verdadeiro texto.
    Amy tinha uma voz única. Ela era simplesmente fantástica.

    Abraços!

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