7 de mar. de 2012

A difícil arte de ser realista

por Fabi Prado


Acho incrível a quantidade de pessoas que sempre esperam pelo pior, inclusive essa que vos fala.

É o resultado de um exame, é uma avaliação, é o resultado de uma cirurgia, é o resultado de uma prova ou concurso... sempre esperamos pelo pior. Raras pessoas esperam sempre pelo melhor. Tem os ponderados que, hora esperam pelo melhor, hora esperam pelo pior, mas aqueles que esperam sempre pelo melhor, são raros.

E é algo que não há como entendermos porque a grande maioria das pessoas é assim: espera pelo pior. Talvez esses escritores de livros de auto-ajuda sejam diferentes (talvez!) ou talvez lá no fundo sejam iguais a quase todos.

Basta alguém da nossa família estar adoecido que um simples toque do telefone fora de hora e pronto, já vamos atender trêmulos, em pânico, crentes que é uma má notícia. Por que será que ninguém espera que aquela ligação seja o anúncio de uma melhora ou de uma cura?

Aliás, eu gostaria de entender o mecanismo de funcionamento dessa grande maioria pessimista e também da minoria otimista. E tem também a parcela realista...

Admiro os realistas, dos pessimistas faço parte e quanto aos otimistas, eu não boto fé em otimismo demais. Acho que todo e qualquer excesso pode trazer sérios danos. Nada em excesso é saudável, essa é a verdade e o otimismo e o exagero pra mim andam lado a lado, de mãos dadas, grudados eu diria.

Ser pessimista é ruim. Faz você só pensar em coisa ruim, só esperar pelo pior, só se preparar para o pior. Ser otimista é bom em partes. Quando o otimista tem controle sobre o seu otimismo é bem proveitoso, mas quando falta o controle, o exagero faz do otimista um verdadeiro sonhador, um ser utópico, um lunático eu diria. Ser realista é prudente. Encarar as situações como elas são de fato é vantajoso e gera um equilíbrio que apenas os realistas detêm.

Concluo que certos estão os realistas. Frustram-se menos, se iludem pouco e como vivem com os pés no chão, raramente deixam-se levar por bobagens ou exageros.

Mas quem é que consegue ser assim? Ou o cara é criado assim (só com pais equilibrados e muito sóbrios) ou esqueça, ele entrará para o “seleto” grupo dos negativistas ou dos exagerados.

Amigos, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, se Deus quiser.

Ih, Falei!

Nenhum comentário:

Postar um comentário