28 de dez. de 2011

Desejos

por Fabi Prado


Meus desejos para 2012 são:

- Menos trânsito em Bauru nos horários de pico.

- Mais respeito pela religião alheia. Me dá nos nervos gente que não respeita a crença dos outros!

- Menos racismo, preconceito ou qualquer outro tipo de atitude atentatória contra qualquer raça que seja.

- Mais chuva. Tem chovido cada vez menos e sabemos o quanto ela é vital a todos os seres.

- Mais emprego, maior salário, melhor distribuição de renda.

- Menos aluguel e mais casa própria.

- Menos ódio e mais amor.

- Menos tapas e mais diálogo.

- Menos tristeza e mais, muito mais alegria.

- Mais saúde, literalmente. Melhores hospitais, mais médicos, mais remédios de alto custo gratuitos, enfermeiros mais humanos (não como aquela louca que matou o cachorrinho na pancada), mais respeito com a integridade alheia.

- Menos fila. Fila no cinema, no banco, no açougue, na padaria, no caixa... Que as filas sumam em 2012! (Odeio filas.)

- Menos sal na comida, menos açúcar na comida, mais atividade física, mais verduras e mais frutas, mais atitudes saudáveis para a mente. (Mente sã, corpo são).

- Mais leitura e menos TV e internet. (Mente sã, corpo são novamente)

- Mais, muito mais paz, luz, energias boas e menos, bem menos energias ruins, vibrações negativas e coisas do tipo.

- Mais reciclagem e menos desperdício.

- Mais vitalidade para um mundo que está adoecendo.

- Menos estresse e mais tranqüilidade.

- Menos famílias desestruturadas e mais famílias bem edificadas.

- Menos drogas ilícitas, menos drogas ilícitas, menos drogas ilícitas e menos drogas ilícitas. As drogas ilícitas são o mal do mundo. Se elas chegassem ao fim, o mundo estaria salvo.

- Menos armas.

- Mais fé na vida, no amor e na luta diária.

- Mais gratidão.

- Mais Deus no coração. Se todas as pessoas soubessem de verdade quem é ELE, o mundo também estaria a salvo.

Desejo que 2012 seja um ano “mais” pra você, pra mim, pra nós todos!

Amigos, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, ou melhor, até o ano que vem, se Deus quiser.

Ih, Falei!

23 de dez. de 2011

Pare de fazer eu me apaixonar!

por Mariana Perez

“Ela que sempre buscava em tudo um porque,
com ele bastava estar, sentir e viver ♪...”


Sempre consegui administrar melhor príncipes que viraram sapos, agora o contrário está sendo um tanto complexo!

Foi tudo previsível até esse momento. Eu me apaixonava loucamente, vivia naquele mês sufocante e enlouquecedor, mas pelo menos isso eu tinha o controle (ou achava que tinha!), tudo porque eu já sabia do prazo de validade. Eram poucos meses apenas, e já lá estava o distinto mostrando sua cara verde como a de um sapo, e antes mesmo que eu pudesse me ferir (mais!) tirava meu time de campo. Sofria, chorava, engordava, mas dali algumas semanas já sabia que passavam, e é esse controle que eu sempre tive!

Agora teve gente que chegou cheio de prosa e poesia, defendendo as suas teorias e mostrando o quanto sou vulnerável a esse lugar que chamam de mundo! Sapo desses que não abrem a porta do carro, mas que beija com as duas mãos no rosto. Que não me manda mensagens no meio do dia com declarações, mas que quando me vê lança um abraço de perder o chão e me beija com ternura!

Não parei pra pensar ainda no prazo de validade dele... Talvez nem queira... Talvez ele seja o primeiro que eu sempre esperei!

Um final de semana iluminado ♥

Ih, Falei!

21 de dez. de 2011

Feliz Natal!

por Fabi Prado


É Natal. Tempo de paz, alegria e reflexão.

Nesta data, há exatos 2011 anos atrás nascia o Salvador, aquele que 33 anos mais tarde daria a sua vida para nos salvar.

Hoje em dia o Natal virou puro e apetitoso comércio. Ninguém comemora o que realmente significa o Natal, a real importância que esse dia tem. Comemoram-se as vendas de presentes, o aquecimento do mercado de “comes e bebes”, os feriados que estão por vir, as idas para a praia, para a chácara, a bebedeira, a comilança, mas o que deveríamos mesmo comemorar?

Ah, deveríamos comemorar o nascimento do maior Cara que a terra já viu passar por aqui. E quem se lembra Dele? No Natal ainda um número um pouco maior de pessoas se lembram Dele, mas o resto do ano, quantos se lembram de Sua existência? Talvez lembrem-se Dele num momento de desespero, de tristeza, de pesar, mas nos momentos de alegria, de saúde poucos se recordam que Ele existe.

Deixo aqui uma reflexão que me foi passada por uma amiga: Se no dia do seu aniversário, alguém muito querido se esquece de te cumprimentar, como você fica se sentindo?

Pois bem amigos, não nos esqueçamos que dia 25 de dezembro é aniversário de alguém que nos é muito prestimoso, de alguém que nos ama, de alguém que deu a vida por nós. Vamos fazer um esforço e lembrar-nos de cumprimentá-lo, de fazer uma homenagem a ele, ainda que pequena, de felicitá-lo, ainda que a distância neste dia tão especial.

Afinal não é qualquer um que daria a vida por cada um de nós como Ele fez! E a cada dia que passa eu sinto que o ser humano merece cada vez menos esse esforço feito por Ele, o que é uma pena.

Feliz Natal a todos. Que o verdadeiro espírito de Natal possa perpetuar-se em nossos corações e que o Menino Jesus encha nossa vida de luz e paz.

Amigos, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, se Deus quiser.

Ih, Falei!

16 de dez. de 2011

A arte de ficar calado.

por Mariana Perez

"Éramos muito jovens e não sabíamos ficar calados."
Clarice Lispector


Saber ficar calado. É uma arte. Difícil, exige esforço e experiência. Não digo ficar calado sozinho, pois aí não há muita vantagem. Se sairmos a divagar, em voz alta, as perturbações que nos vão nos pensamentos, não demora estamos divagando num hospício.

Também não falo sobre ficar calado em público. Já fui mais calado em público, hoje nem tanto. Sou até, às vezes, o menos calado. Curioso, isso. Eu achava que era um caso perdido de timidez crônica, de incompatibilidade absoluta com a palavra oral, e hoje me pego, eventualmente, para meu espanto, falante e loquaz.

Queria mesmo abordar a difícil arte de ficar calado a dois. É disso, em essência, que trata a bela frase em epígrafe. Os jovens — falo por mim, pelo que lembro — não sabem, definitivamente, ficar calados a dois. É um desconforto terrível, uma absurda e incômoda sensação de mal-estar, aliada a um desespero tolo em busca de assunto.

Depois, com o tempo, passamos a ser menos severos conosco e nos permitimos, vez por outra, a falta de assunto. Aliás, que necessidade absurda é essa de falar por falar, sem parar? Escrevi, certa vez, uma frase que depois li curioso: "Demorei a perceber que são os calados que têm algo a dizer...".

Não sei que poeta falou — creio que o Quintana — que amizade é quando o silêncio a dois não se torna incômodo, e amor é quando o silêncio a dois torna-se prazeroso e íntimo. Algo assim, com outras palavras. Mas, no fundo, não é isso mesmo? Já experimentaram a sensação de ficar uns minutos calados, depois do amor? É uma conversa com Deus.

Um final de semana iluminado ♥

Ih, Falei!

14 de dez. de 2011

A involução da espécie humana

por Fabi Prado


Na segunda-feira passada fui com meu noivo a um bar da cidade. Tomamos uma cervejinha, comemos, nos divertimos. Certa altura da noite chegou próximo a mesa uma cadelinha bege, toda sarnenta, aparentemente cega de um olho, já aparentando ser idosa.

Doce e faminta, como todo cão de rua, aproximou-se da minha mesa e de quase todas as mesas do bar e claro, restos e mais restos de porções eram arremessados e ela, com toda a esperteza que é natural em um cão, mais do que na hora, abocanhava com uma agilidade invejável.

Comeu tanto que chegou um momento que nem agüentava mais comer. Aparentando saciedade, deitou-se num cantinho fresco da calçada e começou a dar um belo de um cochilo, típico de quem está “satisfeito”.

Olhando aquela cena, pensei cá com meus botões: Será que, se ao invés de uma cadela, fosse uma pessoa, o tratamento carinhoso e dócil das pessoas que ali estavam também teria sido esse?

E no mesmo instante me respondi: Certamente que não.

O ser humano está com aversão de sua própria espécie. E é bem simples entender o porquê disso. O ser humano é cada dia mais mesquinho, mais sujo, mais egoísta, mais maldoso, mais interesseiro e manipulador. O ser humano tem a incrível capacidade de se superar tanto para o lado bom, quanto para o lado ruim, é claro. É um crime novo a cada dia, é um novo golpe, um novo ataque, uma nova maneira de tentar lesar de alguma forma o outro ser humano.

Hoje um homem mata o outro por conta de uma discussão boba e sem fundamento; a esposa rouba o marido; o namorado mata a namorada porque foi trocado por outro; o sobrinho dá um golpe financeiro na tia que o criou; a filha mata o pai para ficar com o dinheiro do seguro; o pai estupra a filha; um vizinho planeja o assalto e morte de outro vizinho...

O ser humano, a vida humana em si não tem mais valor e com essa desvalorização, outras espécies passaram a se valorizar como a vida animal por exemplo. Nunca antes se viu tantas pessoas na defesa, cada vez mais ferrenha, dos animais. Somos advogados dedicados na defesa do pobre e indefeso “amigo bicho” e quantas vezes pouco ligamos para aquele conhecido nosso que passa necessidade, até porque não sabemos quem é nosso conhecido! Podemos recebê-lo hoje em nossa casa prá ajudá-lo e amanhã ele poderá se tornar a pessoa que irá nos roubar, que irá nos estuprar ou que irá nos matar!

Por isso o ser humano ama ao próprio cada vez menos e aos animais cada vez mais. Os animais estão cada vez mais bem tratados, respeitados, idolatrados. Confia-se hoje muito mais facilmente num animal que num ser humano. Estamos transferindo para os animais o nosso amor, a nossa fraternidade, o nosso respeito, o nosso carinho, a nossa segurança, porque esses sim ultimamente têm merecido tudo isso.

E eu particularmente prefiro mil vezes aquela humilde e doce cadelinha que estava lá no bar do que muito ser humano por ai. Eu assumo essa postura polêmica. Sou obrigada a confessar que tem gente que me dá nojo só de pensar. Tem pessoas que não deveriam nem ter nascido e olha que não são poucas...

E tudo o que foi destruído no mundo até hoje, o foi por mãos humanas e não será diferente com a própria espécie humana. Nós mesmos nos destruiremos algum dia.

E temo que esse dia esteja próximo. Ou quem sabe até lá já tenhamos aprendido alguma coisa que preste com a espécie animal!

Amigos, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, se Deus quiser.

Ih, Falei!

9 de dez. de 2011

Inúmeras tentativas sem sucesso!!!

por Mariana Perez


Essa é qual das vezes? A décima quinta? A vigésima? Não, não... Acho que é a milésima mesmo.

Eu soube no fundo, eu sempre soube... mas como disse Caio F. Abreu “... prefiro viver assim na loucura e ilusão da incerteza... loucura? Quem é que sabe...”.

Não sei se essa é a última vez que irei falar sobre esse assunto, ou se essa será mais uma das minhas desculpas arranjadas pra me enganar, de quem não quer deixar uma história, como um cão faminto que não deixa o osso!

Sei o quanto isso machuca cada vez que aparece, e todas às vezes essas feridas ficam ali... Curadas ou não, esquecidas jamais!

Chegue logo o dia que eu perceba que tudo isso não passou de um sonho, uma época, uma ilusão fantasiada de planos e que pelo destino da vida já não voltam mais!

Como diz a música... “Só vou olhar pra trás, pra ver o sol se pôr”.

Um final de semana iluminado ♥

Ih, Falei!

7 de dez. de 2011

A essencialidade de viver bem

por Fabi Prado


Definitivamente na semana passada tive a mais absoluta certeza que eu não nasci para morar numa grande cidade dessas estilo São Paulo.

Lá eu sou o verdadeiro peixe fora d’água. Não sou nem um pouco citadina, por Deus.

Os cinco dias que estive lá, para realizar um curso a serviço, me senti como se estivesse rumo à forca. E a viagem de ida então? Nossa, eu estava indo literalmente para o caldeirão para ser cozida e comida por uma tribo de canibais... Juro que eu estava!

Não gosto do cheiro, não gosto do lugar, não me sinto a vontade, fico amargurada, cansada, estressada... Amigos, é literalmente um terror pra mim tal situação.

E não pensem que me sinto assim porque estou indo a trabalho porque não tem nada a ver. Quando vou a passeio, e olha que já fui muito a passeio pra lá, é a mesma cruel e terrível sensação.

E sempre foi assim. Lembro que desde criança nunca fui a mais metropolitana das criaturas.

Gosto mesmo é do interior. Cidades mais passíveis de ter-se uma vida tranqüila, trânsito “não tão intenso”, caminhos mais curtos, ar um pouco mais “respirável”, pessoas mais dadas, menores preços, melhor qualidade de vida, indubitavelmente.

Gosto de acordar com o cantar dos pássaros que dormem no pé de romã que minha mãe tem no fundo de casa cantando todas as manhãs; gosto de ouvir o latido dos cães da vizinhança quando as crianças andam de skate na rua; gosto de dormir com a janela entreaberta, mesmo morando numa residência térrea; gosto de andar com o vidro do carro entreaberto para formar corrente de ar e sentir o vento batendo em meu rosto; gosto do entardecer, as pessoas nas calçadas, lavando-as ou simplesmente batendo um papo com um vizinho; gosto das praças cheias de crianças brincando e cachorros passeando orgulhosos com seus donos; gosto de mercados mais vazios, de bares mais vazios, de farmácias mais vazias; gosto de gastar pouco tempo pra ir de um ponto a outro da cidade, mesmo que seja distante...

Definitivamente eu nasci para o interior. Não à toa a migração para o interior do país nos últimos anos tem crescido substancialmente. Eu entendo. A fuga das metrópoles é o primeiro sintoma de que a qualidade de vida é cada dia mais importante para as pessoas e não apenas o melhor emprego, o status, a variedade que uma grande cidade oferece.

Hoje em dia valoriza-se o sossego, o tempo e a essencialidade de viver bem.

E pra mim, particularmente, não há dinheiro que pague a vida do interior. Ainda que com a sua violência em ascensão, ainda que com o seu custo de vida em ascensão, ainda que algumas cidades do interior estejam em pleno crescimento, rumo a serem metrópoles um dia, prá mim ainda não há nada melhor que a vida “caipira”, sou capaz de apostar!

Amigos, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, se Deus quiser.

Ih, Falei!