28 de mar. de 2012

Inacreditável Chico Anysio

por Fabi Prado


Nascido em Maranguape no Ceará. Maranguape que era muito satirizada pelos seus “alunos” na Escolinha do Professor Raimundo, programa que me remete a uma nostalgia tão grande...

O humor hoje fede a falta de criatividade e decência. Na época da Escolinha do Professor Raimundo, na época em que assistíamos Coalhada (Mas hein?!?), Nazareno, Alberto Roberto, Azambuja e tantos outros, o humor era limpo. Aquilo sim era humor de verdade a meu ver. Hoje em dia somos obrigados a engolir programas vagabundos onde só se mostram mulheres seminuas, humoristas que fazem piada com a desgraça alheia ou fazendo algum “idiota” cair numa pegadinha de mau gosto, humoristas inúteis que, pra ganhar alguma miserável projeção, exageram absurdamente em suas colocações e acabam até sendo processados e um humor onde é usado o que há de pior pra fazer a gente rir, ou pra tentar fazer a gente rir.

Chico não precisava disso. Eu, que não sou tão velha assim, me recordo com muita saudade das falas do lendário Bento Carneiro: “Minha vingança sará maligrína.” (sic), da excepcional interpretação dele ao dar vida ao personagem Jovem: “Pô mãe, eu sou jovem...”, mas o meu preferido é, sem dúvida, Justo Veríssimo. Desde aquela época e até hoje o mais atual e verídico de todos os seus personagens. Um político corrupto e sem vergonha (Quantos deles não possuem os predicados citados?) que tem horror a pobre e demonstrava isso de uma maneira extremamente cômica e real. Pensem: isso pra época era uma afronta. E olha que nem tinha tanta corrupção assim (ou era maquiada) e ele criou um personagem que retrata o político de ontem, de hoje e possivelmente o de sempre.

Isso mostra que além de criativo, Chico era inteligente, culto, sábio, estava a frente do seu tempo. Era um pensador nato, um estudioso da sociedade, um desbravador.

De fato ao ler a notícia de sua morte, confesso que meu coração apertou. Apertou porque não há outro Chico Anysio. Chico Anysio é como Pelé, é como Einstein, é como Henry Ford, é como Freud, é como Santos Dumont, Aristóteles, é como Sílvio Santos. Um ícone. Sublime, de uma capacidade profissional acima da média, um cara realmente fora dos padrões de normalidade, de um talento incomparável e de um brilhantismo que é inimaginável.

Não há e não haverá outro. Ele era único.

E isso é o que mais me machuca... Saber que não haverá outro igual e que a criatividade dele se calou ás 14 horas e 52 minutos do dia 23 de março de 2012.

Orgulhar-me-ei em poder dizer para meus filhos que eu conheci o humor limpo e sóbrio do Chico, sua veia cômica fenomenal e sua ampla e vasta criatividade. Contarei para meus filhos quem foi ele, o quanto me fez rir e o quanto contribuiu para o humorismo brasileiro. E infelizmente terei também que contar a eles que igual a Chico Anysio, nunca mais meus olhos verão. Que pena...

Valeu grande Chico. Missão cumprida. Obrigada.

Amigos, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, se Deus quiser.

Ih, Falei!

27 de mar. de 2012

Amor

por Marco Nascimento


E nenhuma palavra poderá definir o que sinto por você.
E nenhum gesto será suficiente pra demonstrar tal sentimento.
E nenhum sorriso será capaz de expressar a felicidade que sinto em te ter ao meu lado.

E nada poderá acabar com tudo isso!

Ih, Falei!

21 de mar. de 2012

Mãe: segurança sem fim

por Fabi Prado


Uma noite dessas eu estava em minha cama deitada quando ouvi um barulho numa sacola plástica que guarda alguns pertences meus. Essa sacola fica em cima do guarda-roupa. Barulho de “passos” de algum inseto, provavelmente de uma barata, com o calor que tem feito, as tais estão alvoroçadas e vira e mexem dão o ar da graça. Não há limpeza nem asseio que impeça o aparecimento delas.

Acendi a luz, mas eu não a via. O saco preto, ela certamente camuflava-se nele.

A verdade é que depois disso não consegui mais nem ficar em meu quarto. Não tenho medo de barata na maioria das vezes. Quando ela está ao alcance, possível de ser morta principalmente. Tiro de letra a presença da asquerosa e corro atrás, piso, dou vassourada, jogo inseticida, chego pertinho pra matar, tranquilamente. Quando não estou vendo a tal ai o medo aflora, parece incrível.

Imediatamente fui buscar abrigo no quarto da minha mãe. Meu pai estava gripado e momentaneamente estava dormindo em outro quarto, aproveitei a deixa e corri pra cama da minha mãe dormir com ela.

Abri a porta bem de mansinho, chamei por ela e perguntei se podia aconchegar-me ali com ela, explicando a minha terrível situação. Ela na hora disse que sim, que ela me deixava dormir ali, afinal qual a mãe diria não a um pedido desesperado de uma filha fugindo de um monstro? (Monstro = Barata)

Só sei que deitei em sua cama, ao seu lado e a sensação foi uma das melhores que já senti na vida. Senti como se o mundo estivesse resumido àquela cama. Toda a proteção, cuidado e atenção que eu precisava estava ali, ao meu lado, deitada na cama comigo. Aliás, senti que o mundo poderia acabar... Naquele momento eu estava com a melhor proteção do planeta.

O pensamento na barata desapareceu. A partir dali a barata nada mais significava porque eu sabia que quem estava ali comigo enfrentaria o que fosse preciso pra me proteger.

Por um instante meus olhos encheram-se de lágrimas, algumas até insistiram em rolar pelo meu rosto. Que sensação única, inexplicável, maravilhosa!

Naquele momento, eu com 32 anos de idade, dei um valor tão imenso a minha mãe, tão imenso que chega a ser inimaginável. O valor que eu dava ao amor, ao afeto e ao carinho dela já era grande, mas depois daquela noite tornou-se imenso, impossível de ser mensurado. Acho que jamais eu tinha imaginado que minha mãe era tão forte, tão importante e que tinha tanta capacidade de me passar tanta segurança.

Assim que as lágrimas secaram fiz uma oração e agradeci a Papai do Céu por tê-la ao meu lado, pedi que Ele desse a ela saúde pra eu tê-la por mais muitos anos e adormeci certa de que eu estava literalmente protegida de todas as baratas do mundo inteiro.

Amigos, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, se Deus quiser.

Ih, Falei!

20 de mar. de 2012

Crítica aos críticos

por Marco Nasimento


Não sejamos tolos em culpar a Rede Globo de Televisão por tudo que acontece de errado em nosso país, e nem pela pouca qualidade no conteúdo da televisão brasileira.

A emissora carioca é hoje uma das maiores emissoras do mundo, e com certeza a maior do Brasil. Se ela chegou a este patamar, é porque nós, brasileiros, a fizemos desta maneira. E ainda fazemos.

Claro que não podemos dizer que ela é a mais correta de todas as emissoras, até porque emissora totalmente correta não existe. Mas também não podemos apontá-la como a única culpada, até porque nós, telespectadores, também temos culpa por algumas “falhas” cometidas pela emissora.

Se o humor escrachado está em alta, é porque deixamos pra trás humorísticos como Escolinha do Professor Raimundo, Sai de Baixo, dentre outros de qualidade, e passamos a assistir Zorra Total, Pânico na TV (produto de outra emissora) e as tão sem graça pegadinhas que colocam a pessoa exposta ao ridículo, apresentadas nos mais diversos programas das mais variadas emissoras. Deixamos de rir de piadas para rirmos das pessoas.

As novelas são outros pontos de criticas por muitos. As histórias de família feliz, românticas, com conteúdos leves foram deixadas de lado para dar lugar aos grandes crimes, as mais terríveis vilãs e cenas de sexo explícito.

Culpa das emissoras em oferecer conteúdos como estes? Até pode ser, mas quem dá audiência as novelas somos nós. Então se investem em histórias como estas, é porque a audiência está boa, ou seja, estamos assistindo e muito a estes tipos de tramas.

Só pra comparar, veja a audiência de “Fina Estampa”, onde tem a grande vilã Tereza Cristina, e de “A Vida da Gente”, que apresentou uma história leve e sem um grande vilão com terríveis planos maldosos.

A bola da vez é criticar o MMA, a mais nova moda no ramo de luta no Brasil, que teve seus direitos de transmissão comprados pela Globo. A luta chamada de esporte por muitos, está sendo comparada a rinha de galos, e os críticos de plantão estão acusando a Rede Globo de trazer a luta para a televisão aberta.

Pra quem não sabe (ou não lembra), o MMA chegou primeiro na Rede TV!, e só passou a ser apresentado pela Rede Globo devido ao enorme sucesso que o ‘esporte’ está fazendo entre os brasileiros.

Muitos cultivaram a apreciação pelo MMA, fazendo que ele tivesse um crescimento no país, e agora, que muitos são contra o esporte, queremos jogar a culpa em um outro alguém, por algo que fizemos.

A televisão que já foi denominada como uma fábrica de sonhos, hoje pode ser vista também como uma fábrica de interesses, onde determinado assunto será apresentado apenas um único lado. Além do que, atualmente o que rege é a busca pela audiência, pois é desta forma que as empresas conseguem seus patrocínios, que geram o lucro das emissoras. E isso não é mérito da Globo, mas também Record, SBT, e todas as outras.

Não sou funcionário da Rede Globo, não sou advogado dela, não estou fazendo marketing para a emissora carioca e nem pretendo pleitear um emprego desta forma, mas acho bobagem tentarmos achar apenas um único culpado para aquilo que também temos culpa.

Se a televisão brasileira está do jeito que está, é porque nós telespectadores não soubemos usar o nosso poder de audiência, e estamos apenas criticando, não agindo. Fazer um Dia sem Globo, Sem Record ou Sem SBT não resolve nada. Um dia sem audiência só irá fazer cócegas, nada mais.

Ah, e pra ciriticar, tenha argumentos, fundamentos Não critique apenas por criticar.

Abraços!

Ih, Falei!

16 de mar. de 2012

Adivinha quem é?

por Mariana Perez


Ele é Palmeiras eu sou Corinthians.
Ele acorda fazendo piada e eu xingando.
Ele gosta de ação e eu suspense.
Ele gosta do Raul Seixas e eu do Bono Vox.
Ele gosta de camping e eu cama de hotel.
Ele anda de bicicleta e eu corro.
Ele gosta de cerveja e eu de vodka.
Ele é terra e eu sou céu.
Ele dorme de pijama de pai e eu sem nada.
Ele é exato e eu sou humana.
Ele gosta de Os Simpsons e eu de MultiShow.
Ele usa hawaiana e eu Arezzo.
Ele gosta de salada e eu de Big Mac.
Ele vive de presente e eu de futuro.

Ele é aquele que procura as minhas mãos nos lugares públicos pra eu não me perder, sorri com os olhos apertados, e faz com que eu não desista de acreditar que existe alguém por quem nos sempre esperamos...

Um final de semana iluminado ♥

Ih, Falei!

14 de mar. de 2012

Atitudes extremas

por Fabi Prado


Outro dia vi uma reportagem na tevê dizendo que, nos Estados Unidos, um pai cansado dos excessos da filha diante do uso da internet teve uma atitude extrema de pegar o notebook dela e descarregar a sua arma nele. O “pobrezinho” do notebook levou vários tiros, nem sei quantos... O vídeo com essa atitude foi fortemente disseminado em toda a internet na semana que passou.

“Atitude extrema” foi o termo usado por uma psicóloga que foi entrevistada durante a reportagem sobre tal fato, complementando que é algo negativo, que o pai deveria ter conversado ao invés de ter tido essa atitude e tal.

Sinceramente, não sei se sou muito contundente em minhas opiniões, mas não vejo como uma atitude tão negativa assim.

Tem gente que não entende quando alguém “fala manso”; tem gente que não respeita gente “boazinha”, “calminha”; tem gente que não respeita gente que dialoga; tem gente que não respeita gente que quer resolver as coisas na base da “paz e amor”.

Vejam vocês: hoje em dia praticamente todas as empresas privadas têm suas internets travadas para que os funcionários não entrem em sites não permitidos. É uma atitude extrema que poderia ser resolvida com uma boa conversa ou com uma promessa de advertência, mas não. É preciso trancar tudo para as pessoas respeitarem e nesse caso respeitam porque não há o que possa ser feito, está tudo travado mesmo...

E por isso repito, tem horas que o diálogo não resolve, que a calma não funciona e que ser paciente não ajuda em nada. Só uma atitude extrema resolve.

E acho até que somos pouco extremistas. Oxalá fossemos mais reativos, mais “esquentados”, mais ostensivos. Quem sabe se tivéssemos uma atitude extrema de, numa eleição presidencial, votarmos todos em branco ou de irmos até Brasília, milhões de nós, protestar, fazer carreata, passeata contra a corrupção, contra as mazelas a nós oferecidas pelos políticos ou se exigíssemos de forma enfática e com atitudes extremas mais policiais nas ruas para garantir a nossa segurança ou um judiciário com leis mais severas, será que não estaríamos melhor do que na atual situação? Será que não é válido eventualmente sermos tomados de extremismo?

A reportagem findou-se dizendo que após tal atitude, pai e filha já se entenderam, ou seja, após muito diálogo sem retorno, precisou o pai ter uma atitude agressiva e extremista para a filha “entender” que passava dos limites no uso da internet e começar a maneirar. Garanto a todos vocês que essa adolescente jamais passará dos limites novamente e que ficará muito mais atenta a alguma ordem seja do pai, seja de quem for.

Não estou aqui defendendo atitudes extremas sempre, toda vida, até porque em algumas situações elas não são positivas mesmo (Sabe aquela velha frase “Violência gera violência”. Pois é, nessas horas atitudes extremas não são bem vindas.), mas de vez em quando é bom exigirmos respeito de uma maneira mais arrojada. Tem horas que é bom a gente mostrar que está vivo. Atitudes extremas, quando não são covardes condicionam, mostram e ensinam às pessoas qual o valor e a verdadeira importância do respeito.

Num mundo onde o respeito tem sido cada vez mais esquecido, uma atitude extrema pode fazer toda a diferença. Não deveria ser assim, mas é, infelizmente.

Amigos, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, se Deus quiser.

Ih, Falei!

13 de mar. de 2012

O Sorriso

por Marco Nascimento


Rir sem se preocupar com o mundo lá fora.
Até doer o estômago.
Até sair lágrimas dos olhos.

Rir como se amanhã não fosse quarta-feira.
Como se não tivesse que ir trabalhar.
Como se o relógio não fosse despertar.

Rir para celebrar a amizade.
Rir para zoar o amigo.
Rir por rir.

O sorriso, seja por qualquer motivo, é a mais bela prova de que se é feliz.

Ih, Falei!

7 de mar. de 2012

A difícil arte de ser realista

por Fabi Prado


Acho incrível a quantidade de pessoas que sempre esperam pelo pior, inclusive essa que vos fala.

É o resultado de um exame, é uma avaliação, é o resultado de uma cirurgia, é o resultado de uma prova ou concurso... sempre esperamos pelo pior. Raras pessoas esperam sempre pelo melhor. Tem os ponderados que, hora esperam pelo melhor, hora esperam pelo pior, mas aqueles que esperam sempre pelo melhor, são raros.

E é algo que não há como entendermos porque a grande maioria das pessoas é assim: espera pelo pior. Talvez esses escritores de livros de auto-ajuda sejam diferentes (talvez!) ou talvez lá no fundo sejam iguais a quase todos.

Basta alguém da nossa família estar adoecido que um simples toque do telefone fora de hora e pronto, já vamos atender trêmulos, em pânico, crentes que é uma má notícia. Por que será que ninguém espera que aquela ligação seja o anúncio de uma melhora ou de uma cura?

Aliás, eu gostaria de entender o mecanismo de funcionamento dessa grande maioria pessimista e também da minoria otimista. E tem também a parcela realista...

Admiro os realistas, dos pessimistas faço parte e quanto aos otimistas, eu não boto fé em otimismo demais. Acho que todo e qualquer excesso pode trazer sérios danos. Nada em excesso é saudável, essa é a verdade e o otimismo e o exagero pra mim andam lado a lado, de mãos dadas, grudados eu diria.

Ser pessimista é ruim. Faz você só pensar em coisa ruim, só esperar pelo pior, só se preparar para o pior. Ser otimista é bom em partes. Quando o otimista tem controle sobre o seu otimismo é bem proveitoso, mas quando falta o controle, o exagero faz do otimista um verdadeiro sonhador, um ser utópico, um lunático eu diria. Ser realista é prudente. Encarar as situações como elas são de fato é vantajoso e gera um equilíbrio que apenas os realistas detêm.

Concluo que certos estão os realistas. Frustram-se menos, se iludem pouco e como vivem com os pés no chão, raramente deixam-se levar por bobagens ou exageros.

Mas quem é que consegue ser assim? Ou o cara é criado assim (só com pais equilibrados e muito sóbrios) ou esqueça, ele entrará para o “seleto” grupo dos negativistas ou dos exagerados.

Amigos, findo-me por aqui. Aquele abraço e até a semana que vem, se Deus quiser.

Ih, Falei!